Review: The Precinct
- @brunosbom
- há 14 minutos
- 3 min de leitura
The Precinct é um jogo de ação policial em mundo aberto, com foco em perseguições e mecânicas dinâmicas, ambientado em uma cidade dos anos 1980.
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Desenvolvido pela Fallen Tree Games Ltd, estúdio que já havia flertado com o gênero policial em American Fugitive, The Precinct representa, sem dúvidas, o ápice do desenvolvimento da companhia até o momento.

GAMEPLAY / VISUAL
The Precinct nos apresenta a uma cidade marcada por violência e corrupção, temas centrais da trama. Logo no início do jogo, somos imersos em diálogos no estilo graphic novel, com um humor um pouco clichê, mas funcional dentro da proposta narrativa.
A jogabilidade remete bastante aos GTAs antigos, porém com gráficos aprimorados e mecânicas atualizadas. Um diferencial é a câmera solta, que proporciona uma visão mais ampla da cidade, como se estivéssemos observando tudo de uma perspectiva um pouco mais elevada — algo que já o diferencia de outros jogos semelhantes com visões mais limitadas.

Há elementos narrativos bem interessantes. O jogo quebra o ritmo de maneira proposital, flertando com o clichê de forma cômica. Um exemplo é a primeira missão: somos encarregados de ir comprar um cachorro-quente para o almoço. Logo em seguida, recebemos nosso primeiro caso, uma emergência envolvendo um roubo a banco. Voltamos correndo para o carro, ligamos a sirene e partimos com um tempo limitado para chegar ao local da ocorrência.
Ao chegar, encontramos o banco cercado pela polícia. Precisamos encontrar cobertura e atirar nos assaltantes em fuga.

O sistema de perseguição é um destaque à parte. Além da tradicional opção de seguir os suspeitos e simplesmente ir atirando como um louco, o jogo oferece recursos táticos, como lançar pregos na pista ou solicitar o suporte de outras viaturas. Isso adiciona profundidade às perseguições, que ainda contam com objetos do cenário em sua maioria completamente destrutíveis, reforçando a sensação de impacto e ação constante.
Após os suspeitos abandonarem o veículo, podemos dar voz de prisão para tentar rendê-los. A ambientação também impressiona: o assalto, por exemplo, é noticiado em um canal de TV dentro do próprio jogo, o que contribui para a imersão e reforça a sensação de que estamos mesmo vivendo a rotina de um policial.
Em relação aos gráficos, no PC são bem fluidos e dinâmicos, já na versão X e PS5 notei que o jogo está travado a 30 FPS — o que é decepcionante, considerando o potencial do console. Talvez o salto de escala e ambição em relação aos jogos anteriores tenha tornado o desenvolvimento mais desafiador para a equipe.
Ainda assim, The Precinct é um jogo bonito, feito na engine Unity — embora eu tenha minhas ressalvas com ela. A combinação de atmosfera imersiva, liberdade de ação e detalhes narrativos tornam o jogo uma experiência única dentro do gênero

ACHIEVEMENTS
Aqui nos deparamos com um problema clássico de jogos que não conseguem equilibrar bem o que os jogadores realmente querem. Em vez de focar em conquistas criativas e integradas à jogabilidade — como o próprio jogo faz em algumas delas — a desenvolvedora optou por incluir várias conquistas baseadas em coletáveis e missões com limite de tempo.
Infelizmente, as conquistas de coletáveis são extremamente cansativas. Exigem, por exemplo, cortar todos os artefatos sem perder nenhum ou ler todas as placas espalhadas pelo cenário. Isso se torna excessivo, especialmente para um jogo de escopo mais contido, ainda que muito competente.
Se a desenvolvedora tivesse mantido a proposta das conquistas iniciais, que eram mais alinhadas com mecânicas específicas e momentos únicos da jogabilidade, esse problema poderia ter sido evitado. Mas definitivamente há uma quantidade exagerada de coletáveis, o que prejudica a experiência de completar o jogo por inteiro.

TRAILER OFFICIAL
CONCLUSÃO
The Precinct é um jogo com diversas mecânicas extremamente interessantes. É impressionante o que o estúdio conseguiu fazer, mesmo sendo pequeno. Como um bom jogo deve ser, a gameplay aqui se sobressai à narrativa que mas fica em segundo plano diante das mecânicas envolventes, como as perseguições. Definitivamente, é uma ótima pedida para quem gosta de temas policiais, com muita ação e uma pitada de clichês.
NOTA:8/10
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