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Review: Moonlighter 2

Quando o dono da lojinha decide largar o caixa pra enfrentar monstros e voltar com o estoque completo.

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Ao iniciar minha jornada em Moonlighter 2, eu trazia comigo todo o amor e experiência do primeiro jogo. Tive a oportunidade de conquistar absolutamente tudo no original, então as minhas expectativas para a sequência eram altíssimas.


O primeiro Moonlighter foi uma das experiências mais marcantes que tive na última geração, unindo a vida de mercador com o espírito de exploração em masmorras.



HISTÓRIA
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No segundo capítulo, o tom da narrativa ganha um peso maior. O protagonista, Will, volta ao papel de mercador aventureiro, mas o contexto agora é mais sombrio e ambicioso. Após os eventos do primeiro jogo, uma nova força misteriosa começa a corromper os portais interdimensionais, e Will é novamente puxado para um ciclo de descobertas e perigos. O enredo mantém o charme e o mistério da franquia, expandindo o universo de Rynoka e dando novas camadas aos personagens e à própria mitologia dos portais.


O que antes era uma simples curiosidade de explorar e vender agora se transforma em uma jornada com tons épicos, envolvendo o equilíbrio entre mundos e dimensões.



GAMEPLAY

A evolução no gameplay é nítida desde o primeiro momento. Moonlighter 2 mantém a essência do original, mas refina e amplia praticamente todos os sistemas. A exploração das masmorras continua sendo o coração do jogo, mas agora em um formato 2.5D com visão isométrica. A perspectiva muda completamente a forma de jogar, trazendo uma sensação de profundidade e dinamismo muito maior.


Logo no início, começamos apenas com o básico, uma vassoura e uma pistola de gosma, e o jogo deixa claro que haverá espaço para evoluir. As armas, agora divididas em categorias como espada curta, lança e manoplas de mercador, oferecem estilos de combate únicos. A mecânica de desvio e rolamento está mais precisa e fluida, e há até movimentos inusitados, como empurrar inimigos de precipícios com a mochila, algo que adiciona uma boa dose de criatividade nas lutas.


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O combate está mais frenético, estratégico e recompensador. Além disso, o jogo permite customizações mais amplas, tanto no personagem quanto nos equipamentos. O sistema de crafting e comércio continua sendo um dos grandes destaques, e administrar a loja ainda é tão divertido quanto mergulhar nas masmorras.


A cidade funciona como um hub central, onde interagimos com NPCs, ferreiros e comerciantes. A divisão das masmorras agora é feita por reinos, começando pelo Reino Diurnal, e desbloqueamos outros conforme progredimos. Tudo é mais amplo, mais vivo e mais integrado à progressão do jogador.



VISUAL E SOM


O salto visual é impressionante. Moonlighter 2 abandona o 2D pixelado do primeiro jogo e adota um estilo 2.5D com visão isométrica. Essa transição dá uma nova identidade à série. Os cenários são ricamente detalhados, as cores vibram e as animações estão entre as mais fluidas já vistas em um jogo indie.

O design dos inimigos, dos efeitos de partículas e das luzes dinâmicas mostra um capricho técnico invejável. No entanto, isso também tem um custo, o jogo é pesado e exige um bom hardware, chegando a recomendar uma RTX 3060 para rodar nas configurações ideais.


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A trilha sonora mantém o padrão da série, melodias envolventes que equilibram o tom aventureiro e a calma de gerenciar a loja. É uma das trilhas mais bem compostas do gênero, com temas que se encaixam perfeitamente no ritmo da exploração e do combate.


ACHIEVEMENTS


As conquistas seguem a linha do primeiro jogo, mas agora são mais variadas. Há desafios ligados a tipos de armas, tempos de exploração e até tarefas de gerenciamento na loja. A estrutura de progressão está mais equilibrada, recompensando tanto a exploração quanto o comércio.


Aqui temos um exemplo de como as conquistas precisam ser feitas, interativas com nossa jogabilidade e prazerosas de serem completadas.


TRAILER OFFICIAL



CONCLUSÃO


Mesmo jogando uma versão em acesso antecipado, pude sentir o cuidado e a dedicação colocados em cada detalhe. O jogo já está completamente localizado em português do Brasil e traz menus redesenhados e uma interface muito mais intuitiva.

Passei horas imerso nesse universo e fiquei impressionado com a quantidade de conteúdo, o nível de polimento e a paixão que os desenvolvedores colocaram aqui.


Moonlighter 2 consegue dobrar tudo o que o primeiro fez bem, mais sistemas, mais emoção e mais profundidade. Mesmo quando encontrei alguns bugs, como ficar preso no ar após um rolamento em uma escada, nada disso ofuscou a grandiosidade da experiência.


Uma continuação que entende perfeitamente o que tornou o original especial e ao mesmo tempo tem coragem de mudar. Tudo o que o primeiro jogo apresentou de melhor foi refinado e ampliado. O novo visual, o combate renovado, o sistema de comércio aprimorado e a ambientação vibrante fazem deste título uma das melhores surpresas indie do ano.


Mesmo com pequenas falhas técnicas, é impossível não se encantar com o resultado. Moonlighter 2 é um lembrete de que continuações podem e devem evoluir com ousadia e carinho.




NOTA:85/100



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