Review: Reus 2
- @brunosbom
- há 2 dias
- 3 min de leitura
Um retorno divino à criação do mundo
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GAMEPLAY
Reus 2 mantém o coração do primeiro jogo, mas refina e expande suas mecânicas de forma significativa. Ainda controlamos os clássicos gigantes da Floresta, do Oceano e da Rocha, cada um com seus próprios poderes e formas de alterar o ambiente. Com o tempo, novos gigantes são desbloqueados, trazendo biomas inéditos e novas possibilidades estratégicas.
A grande diferença está na maneira como o jogo conecta suas divindades e civilizações. Agora podemos escolher entre diferentes arquétipos divinos, como o Sábio, o Inventor ou a Deusa, e cada um deles influencia diretamente o desenvolvimento cultural e tecnológico dos povos que habitam o planeta. Suas decisões moldam não apenas o terreno, mas também a história e a direção da civilização que surge.
Outra evolução importante é a profundidade na simulação social. Em Reus 2, as civilizações não apenas crescem automaticamente, elas reagem às suas ações. Recursos mal distribuídos podem gerar fome ou conflitos, enquanto uma harmonia bem planejada pode levar à prosperidade e ao avanço. Essa sensação de estar literalmente brincando de deus nunca foi tão tangível.
Há também uma ampliação nas dificuldades e modos de jogo. Podemos personalizar o ritmo da partida, ajustando a duração e a intensidade dos eventos, o que torna o jogo acessível tanto para quem quer relaxar quanto para quem busca um desafio mais tático e punitivo.
A versão de console, que é a testada nesta análise, traz uma adaptação interessante dos controles. No entanto, vale mencionar que o jogo atualmente não oferece suporte para teclado e mouse nos consoles, algo que seria muito bem-vindo para um título desse gênero. Apesar disso, com um pouco de prática, o esquema de controle se torna confortável e intuitivo.
No total, são seis gigantes disponíveis, incluindo os desbloqueáveis, e cada um possui habilidades específicas que se complementam, permitindo combinações criativas na criação e manutenção do planeta. Essa variedade é o que mantém o jogo fresco mesmo após várias horas.

VISUAIS E SOM
Visualmente, Reus 2 é um salto notável em relação ao seu antecessor. O estilo artístico mantém a essência charmosa e colorida do original, mas agora com muito mais profundidade, texturas suaves e um uso de iluminação que dá vida aos biomas. As animações dos gigantes são mais expressivas, e o ciclo de dia e noite adiciona uma sensação de ritmo e progressão ao planeta que estamos moldando.
A trilha sonora continua com aquele tom tranquilo e contemplativo, mesclando sons ambientais com melodias suaves que acompanham o crescimento e a harmonia (ou o caos) das civilizações. O design de som é sutil, mas cumpre um papel importante: a vibração da terra quando um gigante pisa, o som das ondas ao criar oceanos e até o sussurro das florestas quando a vida floresce. Tudo contribui para uma sensação de que o planeta realmente está vivo.

ACHIEVEMENTS
Existem desafios muito complexos dentro de Reus 2 no quesito das conquistas, porém, todos são interligados com apenas jogarmos e expandir nossa experiência no jogo. Basta progredirmos e no caso, progredirmos muito para alcançar todas as conquistas.
TRAILER OFFICIAL
CONCLUSÃO
Reus 2 é uma evolução natural e respeitosa de um dos jogos indie mais criativos já feitos. Ele mantém o espírito meditativo e experimental do primeiro, mas oferece ferramentas e sistemas que tornam o ato de criar um mundo ainda mais envolvente. É um jogo sobre equilíbrio, entre natureza e civilização, caos e ordem, ação e contemplação.
Mesmo com alguns detalhes técnicos a serem refinados, especialmente no controle em consoles, o título mostra que a desenvolvedora Abbey Games ainda entende o poder da simplicidade criativa. Reus 2 é o tipo de jogo que te faz parar por um instante, respirar fundo e apreciar o que você acabou de construir.
NOTA:75/100
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